Segunda-feira, 19 de Julho de 2010

...

 

 

 

Durante aquele ano,

nao consegui escrever sobre nada nem ninguém.

Não tinha o descanso imaginário necessário,

mas ainda consegui escrever sobre ti.

Os primeiros poemas forcei um pouco, os outros surgiram com puro amor. Puro amor bruto.

*

É a última vez que escrevo poemas assim, que os dou e que os mostro,

é a última vez que dou o coração e que mostro a alma.

Vou resguardá-los,

e guardar só para mim

o pouquinho que já sobra deles.

 

19-07-2010

Catarina


publicado por Strelitzia5 às 19:42
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Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008

Overdose Poezz (já velhinhos...)

Estive à «cata» de alguma coisa antiga por aqui perdida que se aproveitasse.. Umas vezes não lhes acho grande piada, mas noutros dias, parecem trazer boas recordações... =)

 

«Vives em mim»

 

 

eu carrego o teu coração
carrego o teu coração
no meu.


numa gota de chuva
sinto a tua frescura
num raio de sol
sinto o teu calor


e embora a natureza te tenha tirado de mim,
embora o teu corpo esteja reduzido a poeiras,
ficou o teu coração,
o teu coração em espírito
e hás-de voltar,
de voltar para mim em corpo,
eu poderei tocar-te
e finalmente tocar-te mesmo
e tu me irás mostrar
o que eles tanto falam
vais-me dar o teu amor
e eu, finalmente, poderei dar o meu
nós dois, e o amor, entre nós.

 

28.01.06

«Imagino-te Nós»

 

 

Teus olhos cor de mel
escuro acastanhado
misterioso maravilhoso
se soubesses o quanto te canto
e invoco em doces, ternurentas e chorosas esperanças...
invento-te
imagino-te meu
imagino-me nós
quero dançar nos teus braços de homem
quero destruir teus medos de menino
quero mastigar as palavras
que dizemos
enquanto teus olhos mel
contracenam
com meus olhos negros
sedentos
de ti.
nuvem macia onde me deito
nuvem só de sonhos
mas quantos dos teus mistérios
são paixões por mim?
pois, porque sinto que também me sentes assim?
quando te vejo e te sei distante
choro e morro, tu não vês.
mas afogo-me mesmo diante de ti
nas lágrimas que não vês.
quero tocar-te, mas sinto-me presa,
acorrentada, de toque impotente.
será que em sonhos também me tocas?

 

04.12.05

 

«Renascimento Primaveril»

 

 

Libertei-me de ti
teu veneno já não me corrói as cordas venosas
já não te consumo apaixonada
já não me consomes essência e vida
o cansaço e desespero partem agora
com o fim do inverno
já não tenho frio, já não me gelas e matas
sinto um calor amigo
saio de casa e sou invadida
por um aroma paradisíaco irreal
os pós e os pólens primaveris embebedam-me de alegria
sinto esperança eterna e repetitiva
de todas as primaveras de boas lembranças
pareces mágica, embriagadora
e quando aquele odor a maresia abandonada
me assalta os sentidos,
sinto-me livre, feliz
libertei-me de ti, esqueci-te
oh, finalmente, obrigada
não preciso de ti, não me fazes falta
agora surpreendo-me com os olhares e as excitações infantis de menina,
típicas de quem anda à procura do amor novamente, mas de maneira saudável.
e já disse, não me quero apaixonar
já me chega dessa tortura
quero viver ou pensar que vivo
quero saborear cada olhar tentador de cada estranho, não me envolver mais que isso
e seduzir, sentir-me desejada e venerada.
não me apaixonarei. só se esse meu pedaço perdido finalmente aparecer. mas não quero que venha já.
que nos enganemos primeiro com os errados, nem que sejam apenas devaneios breves, cortantes provocações de atracção.
não me apaixonarei! (p.f.)
todo este negro amor tão recalcado não se pode dar ao luxo de ainda ser mais enegrecido, esta sombra não me assombrará mais, não haverá mais escuridão fria, não haverá trevas prisioneiras.
estou em reconciliação com a vida, em harmonia e agradecimento com a minha prezada natureza, à espera de viver um pouco agora, sem grandes ambições, mas confiante, sonhadora, lutando cegamente por mais felicidade. Mais. Nunca saciada.

 

14.03.06
 

 

«Desengano»

 

 

Na praia da tua pele
quis encontrar as ondas da paixão
mas teus grãos de areia
eram duros e sujos
teu mar era violento
ainda assim amei seu remoinho
teu cheiro
teu sabor
não conheci
imaginei
e amei a imaginação
por causa da tua recusa tempestuosa
vivo no engano
enganando-me com outros
encontrando lágrimas de sal
nos breves enganos do Amor.
Porque não me deixaste
pisar a areia de tua praia?
Descalça, ingénua,
nua, sem rumo,
serias o meu Norte,
a minha bússola
o vento não me desorientaria
e desde então...
vivo no engano
procurando me desenganar.

 

18-06-05

 


publicado por Strelitzia5 às 00:35
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Domingo, 8 de Junho de 2008

Poezz

 

 

Vi-te escrita em todo o lado,

mas só quando saíste de mim,

é que te amei.

Poesia!, és bela no quente aconchego que me dás;

é única por seres diferente para com todos os semideuses.

Sou tua escrava, tua imperatriz

Sorris-me, magoas-me.

mas tua dor é sabedoria

Fazes-me eterna,

fazes-me pura.

 

sinto-me:

publicado por Strelitzia5 às 18:43
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