Sexta-feira, 30 de Julho de 2010

Lendo...

 

Quotes HM (1)

 

" - Se estava interessado?... Quando muito, chamaria a isso curiosidade intelectual."

 

" - Achas que alguém consegue nadar com um biquini daqueles?"

 

" - Não sei porquê, mas a verdade é que consigo falar contigo"

 

" - Ainda têm o hábito de cortar as orelhas?

   - Um homem só tem uma vida. Orelhas, tem duas.

   - Pode ser que sim, mas só com uma orelha não se pode usar óculos."

 

(nota de rodapé): É lendária a ética de trabalho que leva os japoneses a trabalharem demasiado. Com efeito, as horas extraordinárias são uma prática instituída, levando não raras vezes à morte dos próprios funcionários. «Morrer por se trabalhar demasiado é tão comum no Japão que há uma palavra para isso - karoshi», escrevem Blaine Harden e Akiko Yamamoto em reportagem no Público. Existe mesmo uma linha telefónica de emergência, um livro de auto-ajuda e uma lei que canaliza dinheiro para a viúva e filhos de um funcionário assalariado que «se matou a trabalhar pelo bem da sua empresa».


publicado por Strelitzia5 às 13:28
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Segunda-feira, 19 de Julho de 2010

Biblioteca de Verão - Diário de Notícias

 

BOA! :D


publicado por Strelitzia5 às 20:21
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Terça-feira, 15 de Setembro de 2009

"No teu deserto", Miguel Sousa Tavares (2)

 

"Sim, eu reparei que a porta da casa de banho estava semiaberta. Tentei fechá-la, mas ela não encostava à ombreira... Para me despir e chegar até à banheira, tinha de atravessar esse espaço aberto através do qual tu também me podias ver... Ainda me ocorreu entrar lá para dentro de costas voltadas para a porta, mas depois, e como se fosse a coisa mais natural do mundo, virei-me, sim, de frente, completamente nua, e entrei na banheira. Ao entrar, olhei para o quarto e vi-te a olhar para mim. Foram apenas uns segundos e soube-me bem, não sei explicar porquê - talvez por vaidade, talvez porque já me sentisse íntima de ti e esse teu olhar não tivesse nada de estranho ou de maldade, talvez apenas porque eu queria que tu me visses e queria ver-te a olhar-me." (ela)

 

"Havia qualquer coisa em ti que me irritava e me atraía, ao mesmo tempo. Quando eras doce e querido, ou quando essa tua loucura latente ou essa tua alegria escondida vinham ao de cima, eu queria ficar ao pé de ti, porque me davas segurança e simultaneamente sentia que devia também proteger-te. Havia um conforto e uma paz ao teu lado que eu não sentia há muito.

Mas quando tu ficavas irritado e irritante, quando não querias ouvir as opiniões de ninguém e só sabias dar ordens e esperar que eu e todos à volta ficássemos esmagados pelo teu brilho e clarividência, aí eu afastava-me. Magoada contigo e irritada comigo por me deixar sentir assim magoada por ti. Eu ainda mal te conhecia!" (ela)

 

"Adoravas sentir e pensar que eu te tomava pelo meu guardião e protector, que a minha própria vida estava nas tuas mãos, na tua perícia ao volante e nas tuas sábias decisões! E, todavia, oh meu querido, se tu soubesses que quando eu verdadeiramente gostava de ti era quando te surpreendia com um ar de menino perdido ou contente, quando te via cansado e assustado, quando fingias saber onde estavas e nao fazias ideia, quando à noite na tenda me encostava a ti e só então tu adormecias, embora fingisses estar a dormir há muito!" (ela)

 

"Dormias profundamente, com a cara virada para mim e a tua mão direita pousada sobre o meu ombro. Como se fôssemos íntimos." (ela)

 

"Ficava-lhe a matar: toda a gente, homens e mulheres, se virava na rua à sua passagem. Acho que só aí reparei bem como ela era alta e como tinha uma maneira de andar, meio preguiçosa, meio descontraída, que ainda fazia os homens fixarem-se mais nela." (ele)

 

"Sentia-me tão íntimo e tão próximo dela, que tive necessidade de o sentir também fisicamente. Rocei-lhe o ombro no seu, enquanto comíamos em pé; pousei ao de leve a minha mão sobre a dela, fingindo que a estendia para a lata de atum, e fiz-lhe uma festa, aparentemente distraída, no cabelo, quando fui ao jipe buscar mais vinho branco ao garrafão. Ela nunca se deu por achada: não fugiu nem retribuiu. Mas sorriu sempre e a sua voz clara, um pouco infantil, arrastando as sílabas, e o tom de menina habituada a ser bem tratada com que pedia "dás-me lume?", ou me levavam ao engano ou à felicidade - que as duas coisas andam frequentemente confundidas." (ele)

 

"E, depois, falávamos sobre a vida que tínhamos deixado para trás, interrompida por estes dias fora de tudo. Ou melhor, falavas tu, porque eu não tinha vida para te contrapor.

E de vez em quando, paravas de falar e perguntavas:

- Estou a ser chato?

- Não, não: continua a falar, que te estou a ouvir.

Mas vou-te confessar: ... escondia-me atrás dos óculos escuros e ia dormindo, embalada pela tua voz... e eu sentia-me tão bem assim, protegida pelo som da tua voz...irreal me parecia toda esta felicidade que não te sei dizer!" (ela)

 

"A maior parte do tempo, porém, o que nós partilhávamos era o silêncio. E isso eu aprendi contigo, porque não sabia. Para mim, o silêncio era sinal de distância, de mal-estar, de desentendimento. Ao princípio, quando ficávamos calados muito tempo, eu sentia-me inquieta, desconfortável, e começava a falar só para afastar esse anjo mau que estava a passar entre nós.

Um dia tu disseste-me:

- Cláudia, não precisas de falar só porque vamos calados. A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silêncio."

 

"Ficam calados porque já não têm mais nada a dizer."

- Mas tu não poupas palavras: tu escreves. Todas as noites gastas uma hora a escrever um diário nesse teu caderno...

- Escrever não é falar.

- Não? Qual é a diferença?

- É exactamente o oposto. Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer.

Anos mais tarde, já estava doente, voltei a lembrar-me dessa nossa conversa. Tinha acabado de te escrever uma carta - que nunca te cheguei a mandar e que destruí depois. E, escrevendo, poupei as coisas que gostaria de te ter dito e que gostaria que tivesses ouvido. Cheguei quase a convencer-me de que bastava escrever-te para tu me ouvires, mesmo que nunca tenha chegado a pôr a carta no correio. Porque era tão sentido e tão magoado, tão distante, o que te dizia nessas cartas, que quase acreditei que tu não podias deixar de me ouvir." (ela)

 

 

 

 

 

 


publicado por Strelitzia5 às 19:03
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Segunda-feira, 7 de Setembro de 2009

"No teu deserto", Miguel Sousa Tavares

 

"... tinha 36 anos, e lembro-me por isso mesmo, porque foi o ano da minha vida em que me senti mais novo. Nem aos 25, nem aos 21, nem aos 18. Foi aos 36 anos de idade que eu me senti eternamente jovem, quase imortal ou, mais arrepiante ainda, indiferente à própria ideia de morte."

 

"Tudo em ti, não apenas os teus absurdos 21 anos: a própria maneira um pouco estouvada de caminhares, como se ainda não tivesses aprendido bem a andar, a maneira de parares, virar a cabeça e sorrir por cima do ombro, os teus ares de menina pequenina que precisa de ser embalada e que alternavas com vãs tentativas de parecer mulher adulta e sábia."

 

"Quando se zangava, a Cláudia não discutia nem levantava a voz, nem sequer respondia. Fechava a cara com um ar triste e desaparecia. (..) Quando voltava, sorria outra vez e eu estava desarmado."

 

"Era impossível resistir ... ao riso da Cláudia: era infantil, cristalino, nada ainda o tinha desgastado. Cabia lá dentro toda a ilusão do mundo."

 

"A voz era musical e segura, ao contrário dela que parecia ainda não mais do que uma miúda. Mas não era infantil, longe disso: tinha, sim, trejeitos de criança, que, conforme o meu humor, ora a tornavam insuportável, ora irresistível. Juntava em si essa fabulosa combinação entre uma mulher sensual e uma criança desprotegida - a Marilyn que todos os homens desejam poder proteger um dia.

Ah, e falta dizer o mais importante: era generosa, aventureira, inconstante, doce de alma e de voz."

 

"A Cláudia sempre gostou de desaparecer, mas isso não significava, de modo algum, que as coisas lhe fossem indiferentes."


publicado por Strelitzia5 às 18:50
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Sábado, 1 de Agosto de 2009

Onde está o Wally?

 

 

Porque é que este livro está esgotado em toda a santa Fnac, em toda a santa Bertrand, em todos os santos sítios que vendem livros?? Logo quando eu me lembro de o ler... Bah.

 

sinto-me:

publicado por Strelitzia5 às 23:39
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Super Recomendável

 

Adorei este livro. Agarrou-me da 1ª à última página. Eu bem que tento ler coisas intelectuais e para o esquisito, mas nada melhor que a simplicidade de um livro que versa sobre a complexidade das vidas humanas. Fiquei cativada para ler a restante obra da autora italiana Sveva Casati Modignani.

 

Aqui ficam algumas expressões que me tocaram:

 

"Ela era a mulher que sempre procurara: verdadeira, deliciosamente complicada, substancialmente natural. Sabia ser uma amante apaixonada e uma amiga alegre. Era impulsiva, sonhadora, mas sabia enfrentar a realidade com determinação. Em suma, era perfeita..."

 

" - Se não voltou a casar, foi porque tu não o deixaste livre. És teimosa como uma mula. Mas não tens coragem de escolher. De que é que estás à espera? Que o destino escolha por ti? Isso até é possível. Mas lembra-te de que, enquanto te entreténs com as tuas interrogações, há alguém que sofre."

 

"Ela não o tinha deixado livre para ele se afastar."

 

E nem há uns minutos atrás descobri que fizeram filme do livro!! Que fixe! E é filme italiano, pelo que ainda oiço aquela língua e pronúncia lindíssima! Ehehe

 

sinto-me: La vita è bella! (às vezes...)

publicado por Strelitzia5 às 19:56
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Quinta-feira, 16 de Julho de 2009

HP 6

 

 

Intenso, Emocionante e muito Divertido!

Acabei a querer mais no fim.

Ansiosa pelo último!

Este foi um dos meus livros preferidos, logo a seguir ao 5º. Só peca por ter afastado de cena a minha personagem preferidíssima desde sempre...

E finalmente a Carolas começou a ler os livros... =P

 

sinto-me: A ti, Dumbledore!

publicado por Strelitzia5 às 19:33
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Sábado, 27 de Junho de 2009

quote.

 

 

"Then I feel,... that I have given away my whole soul to someone who treats it as if it were a flower to put in his coat, a bit of decoration to charm his vanity, an ornament for a Summer's day." - Oscar Wilde, em "O Retrato de Dorian Gray"


publicado por Strelitzia5 às 22:17
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Terça-feira, 7 de Abril de 2009

...não era o suficiente para mudar nada.

 

Outro excerto de "Eclipse".

 

- Desculpa ser uma pessoa tão vil - murmurei. - Desculpa ter sido tão egoísta. Quem me dera nunca te ter conhecido, assim nunca te teria magoado. Não vou voltar a fazê-lo, prometo. Vou afastar-me de ti. Vou afastar-me desta terra. Nunca mais vais ter de olhar para mim.

 

- Isso não é um pedido de desculpas. - disse ele amargamente. - E se eu não quiser que te vás embora? E se preferisse que ficasses, egoísta ou não? Se estás a tentar compor as coisas comigo, não achas que tenho uma palavra a dizer?

 

- Isso não vai ajudar, Jake. Foi errado ficar contigo, quando cada um de nós queria coisas tão diferentes. E não vai melhorar. Vou apenas continuar a magoar-te. Não te quero magoar mais. Odeio fazê-lo.

 

- Eu também me portei bastante mal contigo. Tornei as coisas muito mais difíceis para ti do que devia. Podia ter desistido sem dramas logo no início. Mas acabei por te magoar também.

 

(...)

 

 "Porque motivo não punha um fim àquilo? Pior do que isso, porque não conseguia encontrar em mim o desejo de parar?"

As perguntas eram estúpidas porque eu sabia as respostas: tinha mentido a mim própria.

Jacob tinha razão. Tinha sempre tido razão. Ele era mais do que meu amigo. Era por isso que era impossível dizer-lhe adeus - porque estava apaixonada por ele. Também. Amava-o muito, muito mais do que devia e, no entanto, não estava nem perto de ser o suficiente. Estava apaixonada por ele, mas não era o suficiente para mudar nada; só era o suficiente para que ambos nos magoássemos mais. Para o magoar mais do que alguma vez tinha feito.

música: My Funny Valentine - Miles Davis

publicado por Strelitzia5 às 00:06
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Quinta-feira, 2 de Abril de 2009

"Tu sabes, mas acho que devo dizê-lo em voz alta..."

 

(excerto de Eclipse)

 

- Queria falar contigo. Não acredito nisto...

-Fala agora comigo.

Os olhos de Jacob cruzaram-se com os meus durante um segundo e, a seguir, viajaram até às árvores. Parecia quase que ele estava corado, mas com a pele escura era difícil de dizer.

Subitamente lembrei-me do que Edward referira quando me tinha deixado na fronteira - que Jacob me havia de dizer aquilo que a sua mente estava a gritar. Comecei a morder o lábio.

- Escuta - disse Jacob -, estava a planear fazer isto de forma ligeiramente diferente. - Ele riu-se e tive a sensação de que estava a rir-se de si mesmo. - Mais suave. - acrescentou. - Ia fazer uns floreados à volta da questão, mas - olhou para as nuvens, cada vez mais sombrias à medida que a tarde avançava -, estou sem tempo para o fazer.

Riu-se novamente com o nervosismo. Continuava a andar de um lado para o outro.

- Estás a falar de quê? - perguntei.

Jacob inspirou profundamente.

- Quero contar-te uma coisa. Tu sabes...mas acho que devo dizê-lo em voz alta. Só para nunca haver qualquer mal-entendido sobre o assunto.

Finquei os pés no chão e parei. Tirei a mão da dele e cruzei os braços por cima do peito. Subitamente, tinha a certeza de que não queria saber do que ele estava a falar.

Jacob franziu o sobrolho, provocando uma sombra profunda nos olhos. Quando estes repousaram nos meus, estavam negros como a noite.

- Eu estou apaixonado por ti, Bella. - disse, num tom forte e seguro. - Bella, eu amo-te. E quero que me escolhas a mim e não a ele. Sei que não sentes o mesmo, mas preciso de dizer a verdade para que conheças as tuas opções. Não quero que entre nós haja dificuldades de comunicação.

 

(...)

 

- Jake - parecia que tinha qualquer volumosa a picar-me a garganta. Tentei desobstruí-la. - Eu não posso... quero dizer, eu não... tenho de ir embora.

Virei-me; mas ele agarrou-me pelos ombros e rodou-me.

- Não, espera. Eu sei isso, Bella. Mas, ouve, responde-me só a isto, está bem? Queres que me afaste e que nunca mais nos encontremos? Sê honesta...

Foi difícil concentrar-me na pergunta; por isso demorei algum tempo a responder.

- Não, não quero. - admiti finalmente.

Jacob voltou a sorrir.

- Estás a ver?

- Mas não te quero por perto, pela mesma razão que tu - argumentei.

- Então diz-me por que motivo me queres por perto.

Pensei com muita cautela.

- Porque quando não estás por perto tenho saudades tuas. Quando estás feliz - e qualifiquei com cuidado - eu também fico feliz. Mas podia dizer exactamente o mesmo em relação ao Charlie. És da família. Amo-te, mas não estou apaixonada por ti...

Ele assentiu impertubável.

 

(...)

 

Aquilo tocou-me na ferida e, involuntariamente, recuei um passo. Ele tinha razão. Se eu não fosse má e egoísta, seria capaz de lhe dizer que não queria continuar a ser amiga dele e ia-me embora. Era errado mantê-lo como amigo, ao saber que o estava a magoar.

 

(...)

 

Os seus olhos semicerraram-se. Mantinha o meu queixo na mão e os seus dedos seguravam-no com tanta força que começou a magoar-me. Depois, algo se revelou abruptamente no seu olhar.

- Não - e ainda me opus; mas já era tarde de mais.

Os lábios de Jacob esmagaram os meus, travando o meu protesto. Beijou-me furiosamente, de forma rude, com a outra mão a segurar-me o pescoço, tornando a minha fuga impossível. Empurrei-lhe o peito com toda a força, mas ele pareceu nem reparar. Apesar da fúria, a sua boca era suave, os lábios moldavam-se aos meus de uma maneira quente e desconhecida.

 

(...)

 

- Quando ele se foi embora, concentraste toda a tua energia para te agarrares ao que restava dele. Podias ser feliz se o largasses. Podias ser feliz comigo.


publicado por Strelitzia5 às 01:15
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