Sexta-feira, 30 de Julho de 2010

Lendo...

 

Quotes HM (1)

 

" - Se estava interessado?... Quando muito, chamaria a isso curiosidade intelectual."

 

" - Achas que alguém consegue nadar com um biquini daqueles?"

 

" - Não sei porquê, mas a verdade é que consigo falar contigo"

 

" - Ainda têm o hábito de cortar as orelhas?

   - Um homem só tem uma vida. Orelhas, tem duas.

   - Pode ser que sim, mas só com uma orelha não se pode usar óculos."

 

(nota de rodapé): É lendária a ética de trabalho que leva os japoneses a trabalharem demasiado. Com efeito, as horas extraordinárias são uma prática instituída, levando não raras vezes à morte dos próprios funcionários. «Morrer por se trabalhar demasiado é tão comum no Japão que há uma palavra para isso - karoshi», escrevem Blaine Harden e Akiko Yamamoto em reportagem no Público. Existe mesmo uma linha telefónica de emergência, um livro de auto-ajuda e uma lei que canaliza dinheiro para a viúva e filhos de um funcionário assalariado que «se matou a trabalhar pelo bem da sua empresa».


publicado por Strelitzia5 às 13:28
link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 19 de Julho de 2010

Biblioteca de Verão - Diário de Notícias

 

BOA! :D


publicado por Strelitzia5 às 20:21
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 15 de Setembro de 2009

"No teu deserto", Miguel Sousa Tavares (2)

 

"Sim, eu reparei que a porta da casa de banho estava semiaberta. Tentei fechá-la, mas ela não encostava à ombreira... Para me despir e chegar até à banheira, tinha de atravessar esse espaço aberto através do qual tu também me podias ver... Ainda me ocorreu entrar lá para dentro de costas voltadas para a porta, mas depois, e como se fosse a coisa mais natural do mundo, virei-me, sim, de frente, completamente nua, e entrei na banheira. Ao entrar, olhei para o quarto e vi-te a olhar para mim. Foram apenas uns segundos e soube-me bem, não sei explicar porquê - talvez por vaidade, talvez porque já me sentisse íntima de ti e esse teu olhar não tivesse nada de estranho ou de maldade, talvez apenas porque eu queria que tu me visses e queria ver-te a olhar-me." (ela)

 

"Havia qualquer coisa em ti que me irritava e me atraía, ao mesmo tempo. Quando eras doce e querido, ou quando essa tua loucura latente ou essa tua alegria escondida vinham ao de cima, eu queria ficar ao pé de ti, porque me davas segurança e simultaneamente sentia que devia também proteger-te. Havia um conforto e uma paz ao teu lado que eu não sentia há muito.

Mas quando tu ficavas irritado e irritante, quando não querias ouvir as opiniões de ninguém e só sabias dar ordens e esperar que eu e todos à volta ficássemos esmagados pelo teu brilho e clarividência, aí eu afastava-me. Magoada contigo e irritada comigo por me deixar sentir assim magoada por ti. Eu ainda mal te conhecia!" (ela)

 

"Adoravas sentir e pensar que eu te tomava pelo meu guardião e protector, que a minha própria vida estava nas tuas mãos, na tua perícia ao volante e nas tuas sábias decisões! E, todavia, oh meu querido, se tu soubesses que quando eu verdadeiramente gostava de ti era quando te surpreendia com um ar de menino perdido ou contente, quando te via cansado e assustado, quando fingias saber onde estavas e nao fazias ideia, quando à noite na tenda me encostava a ti e só então tu adormecias, embora fingisses estar a dormir há muito!" (ela)

 

"Dormias profundamente, com a cara virada para mim e a tua mão direita pousada sobre o meu ombro. Como se fôssemos íntimos." (ela)

 

"Ficava-lhe a matar: toda a gente, homens e mulheres, se virava na rua à sua passagem. Acho que só aí reparei bem como ela era alta e como tinha uma maneira de andar, meio preguiçosa, meio descontraída, que ainda fazia os homens fixarem-se mais nela." (ele)

 

"Sentia-me tão íntimo e tão próximo dela, que tive necessidade de o sentir também fisicamente. Rocei-lhe o ombro no seu, enquanto comíamos em pé; pousei ao de leve a minha mão sobre a dela, fingindo que a estendia para a lata de atum, e fiz-lhe uma festa, aparentemente distraída, no cabelo, quando fui ao jipe buscar mais vinho branco ao garrafão. Ela nunca se deu por achada: não fugiu nem retribuiu. Mas sorriu sempre e a sua voz clara, um pouco infantil, arrastando as sílabas, e o tom de menina habituada a ser bem tratada com que pedia "dás-me lume?", ou me levavam ao engano ou à felicidade - que as duas coisas andam frequentemente confundidas." (ele)

 

"E, depois, falávamos sobre a vida que tínhamos deixado para trás, interrompida por estes dias fora de tudo. Ou melhor, falavas tu, porque eu não tinha vida para te contrapor.

E de vez em quando, paravas de falar e perguntavas:

- Estou a ser chato?

- Não, não: continua a falar, que te estou a ouvir.

Mas vou-te confessar: ... escondia-me atrás dos óculos escuros e ia dormindo, embalada pela tua voz... e eu sentia-me tão bem assim, protegida pelo som da tua voz...irreal me parecia toda esta felicidade que não te sei dizer!" (ela)

 

"A maior parte do tempo, porém, o que nós partilhávamos era o silêncio. E isso eu aprendi contigo, porque não sabia. Para mim, o silêncio era sinal de distância, de mal-estar, de desentendimento. Ao princípio, quando ficávamos calados muito tempo, eu sentia-me inquieta, desconfortável, e começava a falar só para afastar esse anjo mau que estava a passar entre nós.

Um dia tu disseste-me:

- Cláudia, não precisas de falar só porque vamos calados. A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silêncio."

 

"Ficam calados porque já não têm mais nada a dizer."

- Mas tu não poupas palavras: tu escreves. Todas as noites gastas uma hora a escrever um diário nesse teu caderno...

- Escrever não é falar.

- Não? Qual é a diferença?

- É exactamente o oposto. Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer.

Anos mais tarde, já estava doente, voltei a lembrar-me dessa nossa conversa. Tinha acabado de te escrever uma carta - que nunca te cheguei a mandar e que destruí depois. E, escrevendo, poupei as coisas que gostaria de te ter dito e que gostaria que tivesses ouvido. Cheguei quase a convencer-me de que bastava escrever-te para tu me ouvires, mesmo que nunca tenha chegado a pôr a carta no correio. Porque era tão sentido e tão magoado, tão distante, o que te dizia nessas cartas, que quase acreditei que tu não podias deixar de me ouvir." (ela)

 

 

 

 

 

 


publicado por Strelitzia5 às 19:03
link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 7 de Setembro de 2009

"No teu deserto", Miguel Sousa Tavares

 

"... tinha 36 anos, e lembro-me por isso mesmo, porque foi o ano da minha vida em que me senti mais novo. Nem aos 25, nem aos 21, nem aos 18. Foi aos 36 anos de idade que eu me senti eternamente jovem, quase imortal ou, mais arrepiante ainda, indiferente à própria ideia de morte."

 

"Tudo em ti, não apenas os teus absurdos 21 anos: a própria maneira um pouco estouvada de caminhares, como se ainda não tivesses aprendido bem a andar, a maneira de parares, virar a cabeça e sorrir por cima do ombro, os teus ares de menina pequenina que precisa de ser embalada e que alternavas com vãs tentativas de parecer mulher adulta e sábia."

 

"Quando se zangava, a Cláudia não discutia nem levantava a voz, nem sequer respondia. Fechava a cara com um ar triste e desaparecia. (..) Quando voltava, sorria outra vez e eu estava desarmado."

 

"Era impossível resistir ... ao riso da Cláudia: era infantil, cristalino, nada ainda o tinha desgastado. Cabia lá dentro toda a ilusão do mundo."

 

"A voz era musical e segura, ao contrário dela que parecia ainda não mais do que uma miúda. Mas não era infantil, longe disso: tinha, sim, trejeitos de criança, que, conforme o meu humor, ora a tornavam insuportável, ora irresistível. Juntava em si essa fabulosa combinação entre uma mulher sensual e uma criança desprotegida - a Marilyn que todos os homens desejam poder proteger um dia.

Ah, e falta dizer o mais importante: era generosa, aventureira, inconstante, doce de alma e de voz."

 

"A Cláudia sempre gostou de desaparecer, mas isso não significava, de modo algum, que as coisas lhe fossem indiferentes."


publicado por Strelitzia5 às 18:50
link do post | comentar | favorito
Sábado, 15 de Agosto de 2009

Não sei.

 

(...)

 

Mas, conquanto não pode haver desgosto

Onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que mata e não se vê.

 

Que dias há que na alma me tem posto

Um não sei quê, que nasce não sei onde,

Vem não sei como e dói não sei porquê.

 

Camões, um soneto.

sinto-me: tu sabes?

publicado por Strelitzia5 às 19:15
link do post | comentar | favorito
Sábado, 1 de Agosto de 2009

Onde está o Wally?

 

 

Porque é que este livro está esgotado em toda a santa Fnac, em toda a santa Bertrand, em todos os santos sítios que vendem livros?? Logo quando eu me lembro de o ler... Bah.

 

sinto-me:

publicado por Strelitzia5 às 23:39
link do post | comentar | favorito

Super Recomendável

 

Adorei este livro. Agarrou-me da 1ª à última página. Eu bem que tento ler coisas intelectuais e para o esquisito, mas nada melhor que a simplicidade de um livro que versa sobre a complexidade das vidas humanas. Fiquei cativada para ler a restante obra da autora italiana Sveva Casati Modignani.

 

Aqui ficam algumas expressões que me tocaram:

 

"Ela era a mulher que sempre procurara: verdadeira, deliciosamente complicada, substancialmente natural. Sabia ser uma amante apaixonada e uma amiga alegre. Era impulsiva, sonhadora, mas sabia enfrentar a realidade com determinação. Em suma, era perfeita..."

 

" - Se não voltou a casar, foi porque tu não o deixaste livre. És teimosa como uma mula. Mas não tens coragem de escolher. De que é que estás à espera? Que o destino escolha por ti? Isso até é possível. Mas lembra-te de que, enquanto te entreténs com as tuas interrogações, há alguém que sofre."

 

"Ela não o tinha deixado livre para ele se afastar."

 

E nem há uns minutos atrás descobri que fizeram filme do livro!! Que fixe! E é filme italiano, pelo que ainda oiço aquela língua e pronúncia lindíssima! Ehehe

 

sinto-me: La vita è bella! (às vezes...)

publicado por Strelitzia5 às 19:56
link do post | comentar | favorito

Back from «paradise»

 

MANTA ROTA!

 

Aquele idílico cantinho desde há muitos anos, de que tinha miragens e alucinações em pleno exame de Obrigações ou Administrativo.

Que bela semaninha! Mas não, não fui ao afamado Manta Beach Club, para o qual, quase já há placas indicativas desde Loulé! Tentei ingenuamente arranjar companhia no seio da família para espreitar esse sítio, mas depois na habitual ida nocturna ao café, vi a excessiva produção das meninas que para lá se encaminhavam, e ouvia rumores de fulano tal conhecidíssimo (das revistas) ir lá marcar presença. Esquece lá isso... Vou continuar as minhas férias pacatas e cingir-me à Bica ou ao Bairro quando voltar a Lisboa.

 

E como foi esta estadia?

 

Chegámos pela hora de almoço de Sábado 25 Julho e comemos uma saladinha no Ristorante Italiano novo que abriu mesmo ao lado do apartamento alugado. Mal sabíamos que amarguras traria este italiano... Depois de desempacotar a tralha, pus-me a inventar colarzinhos de missangas (trouxe a minha artilharia toda), mas a mãe disse mal das invenções e das peças e advertiu-me para deixar de comprá-las no chinês... Gente esquisita... De tarde, no salão de jogos, estreei-me pela 1ª vez no Bilhar! Esquece lá isso... Fico-me pela minha imemorial glória aos Matrecos. (Belo 6º ano no Colégio) Depois do jantar, juntamente com o café, cuscámos a feirinha, donde se trouxe algumas lembrancinhas, incluindo uma mala toda hippie muita gira!

 

No Domingo, praia de manhã, claro, tal como se repete todos os dias. Foi a minha 2ª ida à praia do ano! E a 1ª em que entrei na água! (Não vou explicar porquê...) Depois do almoço, enquanto que ao resto da malta dá aquela enorme moleza, eu resisti, e descobri o melhor momento, o melhor sítio, o melhor espírito e o melhor livro que me conseguiriam agarrar para passar horas corridas a ler e a ler... Ao fim da tarde, quando o calor já não era de estorricar, dei um salto a Cacela Velha para fotografar. Jantámos depois em Santa Luzia! Ainda me lembro de quando lá jantámos no Verão passado: o meu pai pede sempre, já de famosíssima praxe, "um café cheio, com adoçante". É a sua imagem de marca, infelizmente por motivos de saúde (diabetes). E não é que o senhor que nos servia, ilustremente se saiu com a deixa mais engraçada: "Bolas! Quer um café cheio de adoçante??" Eheheh. Retomando então... de regresso de Sta. Luzia à Manta Rota, antes de irmos para casa descansar, ainda lhes dei sozinha (ao Pai e à Mana) uma abada de matrecos! Nos 2 primeiros jogos... depois o Pai foi para a zona dos médios e avançados, e foi a desgraça.

 

Segunda foi novamente Praia e Leitura. Neste dia o mar "estabilizou" como eu gosto. Paradinho! Que nem piscina. Durante a tarde a malta fez ronha que até doeu e eu tive a melhor sessão de leitura desde há tempos! Devorava páginas! Mais à noite, saturada de estar em casa fechada, convenci a mãe para um café entre senhoras, e a piriri teve que vir atrás. Não obstante, ainda por cima, o homenzinho do café querido de há anos, perto do restaurante o Finalmente, ter sido um totó a servir, as vistas compensaram a coisa. Pois não é que, aparte as piruas anorécticas e com cara de plástico do Manta Beach Club, estava lá também tomando café um conhecido (e bonitíssimo!) modelo português?? Ah pois é... E querem melhor? O rapaz correspondeu aos meus olhares discretos de soslaio... Mas enfim. Tirando este breve momento, por aquelas bandas, este ano, estava muito fraquinho... E eu vou para descansar, que chatices já me chega o resto do ano todo!!

 

Terça. É preciso dizer? Ok, então: Praia e Leitura depois do Almoço.

Depois a Joana ligou-me a chamar o habitual. Que sou uma desnaturada que nunca liga e não sabe porque é que tenho Moche.

Quando o sol já não estorricava, dei um saltinho a Tavira para fotografar. Estreei um vestidinho novo e roubei à mãe as sandálias altas em que (sei de certezinha!) ela não se aguenta. E Pai deu um miminho, e à semelhança do que aconteceu ano passado com os vermelhos, aproveitou a promoção e comprou os esperados... ténis amarelinhos All Star!!

À noite, eu e Carolas comemos pizza. Depois é que foram elas... Decidimos ir a Monte Gordo, de propósito pelos gelados da Prime, de que há lá só 3 lojas (não sabem redistribuir para o resto do Algrave!?), mas com isso ganhámos um trauma para o futuro. Monte Gordo estava apinhadiiiiinho de gente que nem New York. Encontrões e encontrões... Gente gente, barulho, barulho. Primes com mesas tooooodas ocupadinhas. Mas!! Já muito antes deste cenário... O dilema do estacionamento. 30 min! 30 min que andámos às voltinhas a encontrar a porra dum beco para enfiar aquela banheira! Como calhava bem um Smart... Ou que os carros tivessem a habilidade de flutuar no ar! E à conta das sandálias da mãe, ganhou-se uma bolha muito simpática no pé. Ora bem, saímos de casa às 21h30, chegámos às 0h00 prontinhos para xónar!

 

Quarta. A praia repetiu-se à tarde, mas aqui só com companhia do Pai. Gosto de ter momentos a sós só com ele ou só com a Mãe. Suspeito que me contam coisas que não contam um ao outro, sobre um e sobre outro, sobre o que sonham e o que pensam. Nestes momentos não sou filha, sou amiga e confidente. E os meus pais não são pais, são amigos mais velhos. E são seres humanos como quaisquer outros, têm medos e são crianças crescidas e têm defeitos. Vindos da praia, antes de regressar a casa para o banho e jantar, Pai e Eu bebemos umas águas das pedras no café com relva em frente ao apartamento e falámos do trabalho dele e dum colega dele muito amigo que se reformou recentemente. Gosto dele. E dizia ao meu pai que, sempre que eu ia lá ter com ele depois de um dia inteiro cheio de aulas para aproveitar uma boleia para Massamá, esse seu colega me recebia com muita simpatia e eu pressentia que ele tinha estima por mim, e dizia ao meu pai: "Ele tinha muito carinho por mim só pelo facto de eu ser tua filha. Ele era muito teu amigo." Ao que o meu Pai respondeu, de sobressalto, sem me avisar de nada, "É! Ele nutria muita admiração por ti. Uma vez disse-me assim, «Tens ali uma rapariga como já não há. Preserva-a.»" Bolas... lá tive que fingir que tinha qualquer coisa no olho para disfarçar a comoção.

 

Quinta. Depois da praia, adoptámos a partir deste dia o ritual de bebericar umas águas das pedras (desta feita, de limão) antes de subir para o apartamento para os banhos e o almoço. Eu li à tarde, e ao fim da tarde, lá fui arrastada para Vila Real de Sto António onde tirei umas poucas fotografias, e o resto foi aturar a malta às compras... Secaaa. Já quase em cima do jantar, fomos a Castro Marim, para eu fotografar a zona do Castelo.

E depois o jantar. No italiano. E aqui é que se revela a amargura pré-anunciada no início deste relato. Eu e Pai vimos os nossos pratos serem servidos para aí... 45 min depois? E só porque o dono (italiano) reparou q os nossos pratos tinham sido completamente esquecidos... Que nem uma agressiva ópera raivosa, disparou aos berros, «o qué fálta??», «Lázagnha? Cocktail Caméroni?» e correu desenfreado para a cozinha.  Lá trouxe a minha lasagna. Hmm... Isto já recompensa. Mas depois, o prato do pai, - que é quem ia pagar, e coitado, deveria comer igualmente bem, - era um copo grande como se de um gelado se tratasse, com uma alface e umas quantas gambas com molhinho rosa. ... Cenário minutos depois: já todos tinham terminado, o Pai estava esfomeado (e chorava-se pelo Arroz de Lingueirão que preteriu a este jantar) e sobre mim pousavam olhares fulminantes de impaciência, à espera que eu despachasse duma assentada 5000 calorias de lasagna, a bufarem. Eu já suava, da comida, do calor e daquela pressão. Bem, pagámos e fugimos dali e jurámos para nunca mais. Fomos beber café e água das pedras para bem loooonge dali.

Ainda tentei convencer o Pai a "deixa estar assim" quando na factura faltava o comer dele. Pensei logo, que dadas as circunstâncias, aquilo só poderia ser oferecido! Mas o meu Pai tem uma Ética que me transcende. Chamou a atenção e pagou mais 9€ pela bodega. Totó.

 

Sexta. Acabei o livro na praia! Wow. Já há muito que um livro não me agarrava assim. Adorei-o. Mas depois à tarde, fiquei sem que fazer. E agora? Podia pôr-me a ler o novo do Miguel Tavares que a Mãe trouxe para inglês ver. Ela gasta $ em livros "para quando estiver Reformada" e agora perde o pouco tempo livre entre revistas cor-de-rosa e maratona de novelas da TVI. E eu digo, não deveria ser ao contrário? Na reforma é que ela vai continuar a fazer o que está exactamente agora a fazer!! Ai ai... Mas não me apeteceu começar a lê-lo, sabendo que depois não lhe ia dar continuidade. Tenho o hábito de deixar livros a meio e detesto fazê-lo... Foi o que aconteceu com um dele, o Equador. Que até estava giro, mas depois começaram exames e deixei-o de lado. Na Tv a opção seria As Tardes da Júlia, mas não há pachorra, mesmo quando se morre de tédio. Nestas alturas é q fazia falta a querida Fox Life, ou um Pc. Mas por minha sorte, apesar de já ter visto, apanhei da rtp2, ora nada menos nada mais que, Sobrenatural!, 3ª temporada. Sempre dá para entreter e ver 2 gajinhos mais-que-jeitosos. Não fossem eles, continuaria a tentar contrariar os olhos de fechar e a boca de abrir.

Depois disto, desci para jogar uns matrecos com a Carolas. Em modo de chantagem, tentei convencê-la a ir comigo à praia de tarde. Mas nada. Hás-de cá vir. Bolas, é o último dia! Um mergulho de despedida! Estava já a aprontar-me para ir sozinha, quando comecei a ronronar para cima da Mãe. Anda lá... E ela não dizia que sim nem que não. E fazia ar de se estar a deixar persuadir pela lábia do advogado. Então, enquanto te decides, eu vou buscar uma toalhinha para ti. E atirei-lhe com o fato-de-banho para o colo. Desta feita, vem a Piriri, "Ah se a mãe vai, eu também vou" (-.-). E o Pai, "então se vai tudo, não fico aqui a fazer nada sozinho". No início tinha Nada Nada Nada! e agora tenho Tudo Tudo Tudo! Isto há com cada coisa...

À noite, encontrei-me com a Renata! Estava de chegada para ficar 2 semanas! Bebemos café à companhia do meu pai, visitámos a feirinha, e na despedida ainda deu para dar uns miminhos no gatinho (Ghandi) bebé dela!

 

Hoje. 1 Agosto. Regresso a casa. De manhã, o Pai cantava um doce e triste fado: "Good Bye, Manta Rota. See you next year!" Socorri-me, como é hábito, do iPod, (agora com ecrã espatifado porque os chico-espertos da Apple dizem que "a garantia não cobre este tipo de dano" PFF) para esquecer a estupada da viagem. Depois começou a chover!! E estava um trânsito dos diabos! Demorou-se mais de Lisboa até Massamá que do Algarve a Lisboa!!

Almoçámos qualquer coisa no chinês perto de casa, e aqui estou eu! A anhar em frente ao Pc nestes meus entretenimentos. Pais foram às compras porque não havia nada cá em casa para sobreviver. E já tenho ali um dvd por 3€, um filme do Jude Law, para ver mais logo, já que os planos para esta noite saíram furados. Oh well, à falta duma coisa, há sempre a opção de babar pelo jude law em mais novinho num filme da treta, de "quando ainda cagava nas cuecas", como diz o Pai.

 

Ah, já me esquecia! Durante as banhadas na praia, tive aulas gratuitas de Hidroginástica! Tenho os músculos rijos como pneus! (Pneus associa-se a gordura, má expressão...) E bolas de berlim, 2 para mim em toda a semana, e uma todos dias para a badochinha da Piriri :P

 

Ai... ainda tenho que arrumar a roupa da mala de viagem... E continuo constipada.

 

sinto-me: Verano!

publicado por Strelitzia5 às 16:27
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 30 de Junho de 2009

em "As Feridas Essenciais"

O abismo em cada passo

Não, não tenho método,
Vou transplantar para aqui
Tudo quanto me venha à alma.

 

Não, não interessa,
Se é demónio ou anjo,
A seca ou os teus Lábios,
Todos têm o seu espaço.

 

Não, não tenho medo.
O abismo em cada passo.

 

Não, não sei o que faço.

 

Fernando Ribeiro (vocalista dos Moonspell)

 


 


publicado por Strelitzia5 às 19:34
link do post | comentar | favorito
Sábado, 27 de Junho de 2009

quote.

 

 

"Then I feel,... that I have given away my whole soul to someone who treats it as if it were a flower to put in his coat, a bit of decoration to charm his vanity, an ornament for a Summer's day." - Oscar Wilde, em "O Retrato de Dorian Gray"


publicado por Strelitzia5 às 22:17
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

.Strelitzia (*)


. ver perfil

. seguir perfil

. 1 seguidor

.pesquisar

 

.Julho 2010

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
20
22
23

25
26
27
28
29
31


.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

.posts recentes

. Lendo...

. Biblioteca de Verão - Diá...

. "No teu deserto", Miguel ...

. "No teu deserto", Miguel ...

. Não sei.

. Onde está o Wally?

. Super Recomendável

. Back from «paradise»

. em "As Feridas Essenciais...

. quote.

.tags

. todas as tags

.links

SAPO Blogs