Sábado, 1 de Agosto de 2009

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MANTA ROTA!

 

Aquele idílico cantinho desde há muitos anos, de que tinha miragens e alucinações em pleno exame de Obrigações ou Administrativo.

Que bela semaninha! Mas não, não fui ao afamado Manta Beach Club, para o qual, quase já há placas indicativas desde Loulé! Tentei ingenuamente arranjar companhia no seio da família para espreitar esse sítio, mas depois na habitual ida nocturna ao café, vi a excessiva produção das meninas que para lá se encaminhavam, e ouvia rumores de fulano tal conhecidíssimo (das revistas) ir lá marcar presença. Esquece lá isso... Vou continuar as minhas férias pacatas e cingir-me à Bica ou ao Bairro quando voltar a Lisboa.

 

E como foi esta estadia?

 

Chegámos pela hora de almoço de Sábado 25 Julho e comemos uma saladinha no Ristorante Italiano novo que abriu mesmo ao lado do apartamento alugado. Mal sabíamos que amarguras traria este italiano... Depois de desempacotar a tralha, pus-me a inventar colarzinhos de missangas (trouxe a minha artilharia toda), mas a mãe disse mal das invenções e das peças e advertiu-me para deixar de comprá-las no chinês... Gente esquisita... De tarde, no salão de jogos, estreei-me pela 1ª vez no Bilhar! Esquece lá isso... Fico-me pela minha imemorial glória aos Matrecos. (Belo 6º ano no Colégio) Depois do jantar, juntamente com o café, cuscámos a feirinha, donde se trouxe algumas lembrancinhas, incluindo uma mala toda hippie muita gira!

 

No Domingo, praia de manhã, claro, tal como se repete todos os dias. Foi a minha 2ª ida à praia do ano! E a 1ª em que entrei na água! (Não vou explicar porquê...) Depois do almoço, enquanto que ao resto da malta dá aquela enorme moleza, eu resisti, e descobri o melhor momento, o melhor sítio, o melhor espírito e o melhor livro que me conseguiriam agarrar para passar horas corridas a ler e a ler... Ao fim da tarde, quando o calor já não era de estorricar, dei um salto a Cacela Velha para fotografar. Jantámos depois em Santa Luzia! Ainda me lembro de quando lá jantámos no Verão passado: o meu pai pede sempre, já de famosíssima praxe, "um café cheio, com adoçante". É a sua imagem de marca, infelizmente por motivos de saúde (diabetes). E não é que o senhor que nos servia, ilustremente se saiu com a deixa mais engraçada: "Bolas! Quer um café cheio de adoçante??" Eheheh. Retomando então... de regresso de Sta. Luzia à Manta Rota, antes de irmos para casa descansar, ainda lhes dei sozinha (ao Pai e à Mana) uma abada de matrecos! Nos 2 primeiros jogos... depois o Pai foi para a zona dos médios e avançados, e foi a desgraça.

 

Segunda foi novamente Praia e Leitura. Neste dia o mar "estabilizou" como eu gosto. Paradinho! Que nem piscina. Durante a tarde a malta fez ronha que até doeu e eu tive a melhor sessão de leitura desde há tempos! Devorava páginas! Mais à noite, saturada de estar em casa fechada, convenci a mãe para um café entre senhoras, e a piriri teve que vir atrás. Não obstante, ainda por cima, o homenzinho do café querido de há anos, perto do restaurante o Finalmente, ter sido um totó a servir, as vistas compensaram a coisa. Pois não é que, aparte as piruas anorécticas e com cara de plástico do Manta Beach Club, estava lá também tomando café um conhecido (e bonitíssimo!) modelo português?? Ah pois é... E querem melhor? O rapaz correspondeu aos meus olhares discretos de soslaio... Mas enfim. Tirando este breve momento, por aquelas bandas, este ano, estava muito fraquinho... E eu vou para descansar, que chatices já me chega o resto do ano todo!!

 

Terça. É preciso dizer? Ok, então: Praia e Leitura depois do Almoço.

Depois a Joana ligou-me a chamar o habitual. Que sou uma desnaturada que nunca liga e não sabe porque é que tenho Moche.

Quando o sol já não estorricava, dei um saltinho a Tavira para fotografar. Estreei um vestidinho novo e roubei à mãe as sandálias altas em que (sei de certezinha!) ela não se aguenta. E Pai deu um miminho, e à semelhança do que aconteceu ano passado com os vermelhos, aproveitou a promoção e comprou os esperados... ténis amarelinhos All Star!!

À noite, eu e Carolas comemos pizza. Depois é que foram elas... Decidimos ir a Monte Gordo, de propósito pelos gelados da Prime, de que há lá só 3 lojas (não sabem redistribuir para o resto do Algrave!?), mas com isso ganhámos um trauma para o futuro. Monte Gordo estava apinhadiiiiinho de gente que nem New York. Encontrões e encontrões... Gente gente, barulho, barulho. Primes com mesas tooooodas ocupadinhas. Mas!! Já muito antes deste cenário... O dilema do estacionamento. 30 min! 30 min que andámos às voltinhas a encontrar a porra dum beco para enfiar aquela banheira! Como calhava bem um Smart... Ou que os carros tivessem a habilidade de flutuar no ar! E à conta das sandálias da mãe, ganhou-se uma bolha muito simpática no pé. Ora bem, saímos de casa às 21h30, chegámos às 0h00 prontinhos para xónar!

 

Quarta. A praia repetiu-se à tarde, mas aqui só com companhia do Pai. Gosto de ter momentos a sós só com ele ou só com a Mãe. Suspeito que me contam coisas que não contam um ao outro, sobre um e sobre outro, sobre o que sonham e o que pensam. Nestes momentos não sou filha, sou amiga e confidente. E os meus pais não são pais, são amigos mais velhos. E são seres humanos como quaisquer outros, têm medos e são crianças crescidas e têm defeitos. Vindos da praia, antes de regressar a casa para o banho e jantar, Pai e Eu bebemos umas águas das pedras no café com relva em frente ao apartamento e falámos do trabalho dele e dum colega dele muito amigo que se reformou recentemente. Gosto dele. E dizia ao meu pai que, sempre que eu ia lá ter com ele depois de um dia inteiro cheio de aulas para aproveitar uma boleia para Massamá, esse seu colega me recebia com muita simpatia e eu pressentia que ele tinha estima por mim, e dizia ao meu pai: "Ele tinha muito carinho por mim só pelo facto de eu ser tua filha. Ele era muito teu amigo." Ao que o meu Pai respondeu, de sobressalto, sem me avisar de nada, "É! Ele nutria muita admiração por ti. Uma vez disse-me assim, «Tens ali uma rapariga como já não há. Preserva-a.»" Bolas... lá tive que fingir que tinha qualquer coisa no olho para disfarçar a comoção.

 

Quinta. Depois da praia, adoptámos a partir deste dia o ritual de bebericar umas águas das pedras (desta feita, de limão) antes de subir para o apartamento para os banhos e o almoço. Eu li à tarde, e ao fim da tarde, lá fui arrastada para Vila Real de Sto António onde tirei umas poucas fotografias, e o resto foi aturar a malta às compras... Secaaa. Já quase em cima do jantar, fomos a Castro Marim, para eu fotografar a zona do Castelo.

E depois o jantar. No italiano. E aqui é que se revela a amargura pré-anunciada no início deste relato. Eu e Pai vimos os nossos pratos serem servidos para aí... 45 min depois? E só porque o dono (italiano) reparou q os nossos pratos tinham sido completamente esquecidos... Que nem uma agressiva ópera raivosa, disparou aos berros, «o qué fálta??», «Lázagnha? Cocktail Caméroni?» e correu desenfreado para a cozinha.  Lá trouxe a minha lasagna. Hmm... Isto já recompensa. Mas depois, o prato do pai, - que é quem ia pagar, e coitado, deveria comer igualmente bem, - era um copo grande como se de um gelado se tratasse, com uma alface e umas quantas gambas com molhinho rosa. ... Cenário minutos depois: já todos tinham terminado, o Pai estava esfomeado (e chorava-se pelo Arroz de Lingueirão que preteriu a este jantar) e sobre mim pousavam olhares fulminantes de impaciência, à espera que eu despachasse duma assentada 5000 calorias de lasagna, a bufarem. Eu já suava, da comida, do calor e daquela pressão. Bem, pagámos e fugimos dali e jurámos para nunca mais. Fomos beber café e água das pedras para bem loooonge dali.

Ainda tentei convencer o Pai a "deixa estar assim" quando na factura faltava o comer dele. Pensei logo, que dadas as circunstâncias, aquilo só poderia ser oferecido! Mas o meu Pai tem uma Ética que me transcende. Chamou a atenção e pagou mais 9€ pela bodega. Totó.

 

Sexta. Acabei o livro na praia! Wow. Já há muito que um livro não me agarrava assim. Adorei-o. Mas depois à tarde, fiquei sem que fazer. E agora? Podia pôr-me a ler o novo do Miguel Tavares que a Mãe trouxe para inglês ver. Ela gasta $ em livros "para quando estiver Reformada" e agora perde o pouco tempo livre entre revistas cor-de-rosa e maratona de novelas da TVI. E eu digo, não deveria ser ao contrário? Na reforma é que ela vai continuar a fazer o que está exactamente agora a fazer!! Ai ai... Mas não me apeteceu começar a lê-lo, sabendo que depois não lhe ia dar continuidade. Tenho o hábito de deixar livros a meio e detesto fazê-lo... Foi o que aconteceu com um dele, o Equador. Que até estava giro, mas depois começaram exames e deixei-o de lado. Na Tv a opção seria As Tardes da Júlia, mas não há pachorra, mesmo quando se morre de tédio. Nestas alturas é q fazia falta a querida Fox Life, ou um Pc. Mas por minha sorte, apesar de já ter visto, apanhei da rtp2, ora nada menos nada mais que, Sobrenatural!, 3ª temporada. Sempre dá para entreter e ver 2 gajinhos mais-que-jeitosos. Não fossem eles, continuaria a tentar contrariar os olhos de fechar e a boca de abrir.

Depois disto, desci para jogar uns matrecos com a Carolas. Em modo de chantagem, tentei convencê-la a ir comigo à praia de tarde. Mas nada. Hás-de cá vir. Bolas, é o último dia! Um mergulho de despedida! Estava já a aprontar-me para ir sozinha, quando comecei a ronronar para cima da Mãe. Anda lá... E ela não dizia que sim nem que não. E fazia ar de se estar a deixar persuadir pela lábia do advogado. Então, enquanto te decides, eu vou buscar uma toalhinha para ti. E atirei-lhe com o fato-de-banho para o colo. Desta feita, vem a Piriri, "Ah se a mãe vai, eu também vou" (-.-). E o Pai, "então se vai tudo, não fico aqui a fazer nada sozinho". No início tinha Nada Nada Nada! e agora tenho Tudo Tudo Tudo! Isto há com cada coisa...

À noite, encontrei-me com a Renata! Estava de chegada para ficar 2 semanas! Bebemos café à companhia do meu pai, visitámos a feirinha, e na despedida ainda deu para dar uns miminhos no gatinho (Ghandi) bebé dela!

 

Hoje. 1 Agosto. Regresso a casa. De manhã, o Pai cantava um doce e triste fado: "Good Bye, Manta Rota. See you next year!" Socorri-me, como é hábito, do iPod, (agora com ecrã espatifado porque os chico-espertos da Apple dizem que "a garantia não cobre este tipo de dano" PFF) para esquecer a estupada da viagem. Depois começou a chover!! E estava um trânsito dos diabos! Demorou-se mais de Lisboa até Massamá que do Algarve a Lisboa!!

Almoçámos qualquer coisa no chinês perto de casa, e aqui estou eu! A anhar em frente ao Pc nestes meus entretenimentos. Pais foram às compras porque não havia nada cá em casa para sobreviver. E já tenho ali um dvd por 3€, um filme do Jude Law, para ver mais logo, já que os planos para esta noite saíram furados. Oh well, à falta duma coisa, há sempre a opção de babar pelo jude law em mais novinho num filme da treta, de "quando ainda cagava nas cuecas", como diz o Pai.

 

Ah, já me esquecia! Durante as banhadas na praia, tive aulas gratuitas de Hidroginástica! Tenho os músculos rijos como pneus! (Pneus associa-se a gordura, má expressão...) E bolas de berlim, 2 para mim em toda a semana, e uma todos dias para a badochinha da Piriri :P

 

Ai... ainda tenho que arrumar a roupa da mala de viagem... E continuo constipada.

 

sinto-me: Verano!

publicado por Strelitzia5 às 16:27
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Sexta-feira, 12 de Setembro de 2008

A.

 

Minha grande mãe

Minha mãe maior

Sábia que já te foste

Tão ingénua que eras e já não és

 

Esta noite não te choro

Esta noite não te canto, não te encanto

Não te vanglorio com meu único talento e tesouro

meu único abrigo que me resta: não te escrevo.

 

Hoje seria o dia em que nasces

em que envelhecerias um pouco mais

Hoje não há missa

mas deves saber que também lá não iria

essas coisas são tão mínimas, tão pequenas

ao pé de ti, tão grande

ao pé de mim, tanto que te gosto.

 

Alta e grande feiticeira, guia-me, eu te peço.

Orienta-me, que me perco sem teu espírito.

Dá-me poemas, mas que não sejam sofridos

Pede aos deuses por minhas alegrias.

Protege-me. Cuida de mim. Olha por mim.

Desvia-me dos males. Não os quero mais.

Já aprendi tudo, a sério.

 

Só quero sorrisos. Chega de lágrimas.

Dá-me o amor que procuro. Com o mesmo amor que me davas. Afasta-me da dor. Usa a tua magia, grande maga.

 

Minha estrelinha, tanto que me iluminas..

Eu sei que sou desapegada, mas é assim que consigo continuar forte. Para te sobreviver. Para viver sem ti,

Mas eu não sou desapegada. É só que estás eternamente pegada a mim.

 

Estás sempre tão viva.

E quando apareces nos poemas, materializas-te assustadoramente em carne viva perante mim.

E eu choro de medo e saudade.

E sorrio porque estás aqui.

 

 

Parabéns, Avó*

 

 

12/09/08

 

sinto-me:

publicado por Strelitzia5 às 23:38
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Sexta-feira, 11 de Julho de 2008

Precious*



sinto-me: infantil xD

publicado por Strelitzia5 às 00:55
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Sábado, 28 de Junho de 2008

Great little things *

 

One hell of a week:

 

Monday .

* estrear sandálias novas de salto

* café com Joana e Mafalda

* casa da Mafalda

* miminhos na gata da Mafalda

* jantar fora num restaurante italiano, poupando imenso!

 

Tuesday .

* Praia c/ Joana, Sara e mãe delas

* Red dress

* Tarde no café

* De volta a casa c/ bolinho de iogurte e um filme

 

Wednesday .

* Em casa. Pura ronha. (filmes e leituras)

 

Thursday .

* Almoço e tarde com Madrinha.

* À noite, Summer Party no forte de Cascais com Telma!!

 

Friday .

* Grande ronha.

* Café com Mafalda

 

Saturday .

* Almoço com família na pousada do Castelo de Palmela, servidos que nem uns lordes da nobreza!

* Karting no Kartódromo de Palmela !!

 

 

 

Sunday .

* Jantar em casa da Joana

* Café novo, mesmo bonito, très chiq*

* Relembrar tempos antigos e sms' parvas escritas nos caderninhos ^^ (legalised & Dean xD)

música: modo aleatório programado, durante a viagem de carro
sinto-me: celebrating vacation

publicado por Strelitzia5 às 22:40
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Quarta-feira, 18 de Junho de 2008

*Avó*

 

Hoje sonhei contigo como se ainda não tivesses ido.

Para mim, é como que ainda cá estivesses. Acho que nunca me vou mentalizar que partiste. Acho que o meu coração ainda não percebeu que morreste.

 

Ainda te sinto comigo. E sinto a tua falta ao mesmo tempo.

É tão estranho.

Acho que nunca cheguei a acreditar.

Acho que estou em negação há mais de um ano.

Acho que é neste limbo adormecido que me mantenho,

para que consiga sobreviver à tua ausência. Eterna.

 

Recordo-te e estás sempre sentada no sofá

a descansar, a olhar a Tv, ou a observar-me

ou a fazer perguntas sobre tudo e todos

a querer saber e descobrir.

Achavas que eu tinha as respostas para muitas coisas

Acreditavas em mim.

Confiavas em mim.

Tinhas-me orgulho.

Amavas-me tanto.

 

 

Hoje quando te sonhei

Estávamos a tentar salvar-te

Estavas doente, mas aqui.

Enquanto que, depois de acordar, soube logo que não era verdade.

Não estavas doente. Porque não estavas. De qualquer forma. Já não estás.

O meu cérebro sabe uma coisa, e o meu coração sente e acredita noutra.

 

Fazes-me falta.

 

E acho que te reencarnei.

 

Que todos os dias te carrego em mim,

 

e te mostro pelos meus olhos

 

o mundo que já perdeste.

 

 

18-06-08

 

sinto-me:

publicado por Strelitzia5 às 13:12
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